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POV: o paciente odontológico virtual

A Odontologia, assim como as demais áreas médicas, tem evoluído de maneira cientificamente consistente em busca de inovações para tornar os cuidados preventivos e reabilitadores dos pacientes mais previsíveis e acessíveis a um número cada vez maior de pessoas. Neste cenário, temos como grande destaque a criação do paciente odontológico virtual (POV), com uma série de evoluções e benefícios para profissionais e clientes (Figura 1).

O POV equivale à criação de um clone digital, com detalhamentos faciais, ósseos, teciduais, dentários e oclusais similares ao paciente físico, com a vantagem de poder ser manipulado de maneira tridimensional em softwares com diversos recursos reabilitadores capazes de realizar exodontias, osteotomias, instalação de implantes e reabilitação protética utilizando articuladores virtuais em ambiente computacional previamente à realização de qualquer intervenção clínica (Figuras 2 e 3).

Entre as diversas vantagens criadas pelo POV, pode-se destacar a facilidade de comunicação, pois é possível demonstrar de maneira objetiva para o cliente o seu estado atual, principais deficiências e objetivos finais do tratamento – com maior facilidade de entendimento pelo leigo. Outra vantagem está na melhor comunicação entre a equipe envolvida, sobretudo nos casos interdisciplinares, uma vez que todos os exames podem ser compartilhados virtualmente, eliminando distâncias e necessidades de deslocamentos físicos. Tudo isso também deve ser somado à maior previsibilidade, menor tempo global de tratamento e maximização dos resultados funcionais e estéticos.

Apesar de parecer algo futurista, este recurso já está disponível e presente em grande parte dos consultórios, clínicas e instituições de ensino no Brasil, e há um número crescente de serviços de radiologia e centros de planejamentos altamente capacitados, nos quais os serviços de captação de imagens e simulação de tratamentos podem ser realizados. É importante citar que ainda temos como ponto negativo o custo destes procedimentos, que limita o acesso a um grande número de pacientes.

Para ter acesso ao POV, o cirurgião-dentista deve estabelecer parceria com um centro de planejamento que preste este tipo de serviço em sua cidade ou região. É necessária a solicitação de exames de captação de imagem, como o escaneamento de face (ou fotografia digital), tomografia computadorizada, escaneamento intrabucal e ressonância magnética (para casos específicos). A inclusão e manipulação destes dados também podem ser feitas pelo parceiro, sob a orientação do profissional responsável pelo caso, para que os melhores resultados sejam alcançados (Figuras 5 e 6).