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Como obter aspirado de medula óssea intraoral

Guaracilei Maciel Vidigal Júnior mostra que o aspirado de medula óssea oferece diversos benefícios, como auxiliar a regeneração tecidual. 

Para obtenção do aspirado de medula óssea (AMO) da tuberosidade, é necessário um exame de imagem. O exame ideal é a tomografia computadorizada cone-beam (TCCB) associada a um software de imagem para avaliação dinâmica e tridimensional da sua extensão (Figura 1), que determinará o quanto podemos aprofundar a agulha do kit de aspiração de medula óssea (cânula para biopsia e aspiração de medula óssea Trapsystem TRAPJ 1306, HS Medical – Aprilia/LT, Itália) (Figura 2) e a relação com as estruturas anatômicas vizinhas, tais como raízes dos dentes vizinhos, seio maxilar e fossa pterigomaxilar.

Para acessar a área doadora de medula óssea intraoral, a tuberosidade da maxila, a incisão deverá ser iniciada na distal do segundo molar superior (com o terceiro molar ausente) e se estenderá sobre o rebordo ósseo para distal por 10 mm. Em seguida, um pequeno retalho de espessura total deverá ser afastado, expondo a crista óssea.

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Então, a ponta da agulha do kit de aspiração deverá ser inserida com uma leve pressão sobre a superfície do osso da tuberosidade (Figura 3), penetrando entre 5-10 mm, de acordo com as dimensões da área da tuberosidade, alcançando a medula óssea. Neste ponto, o estilete do kit de aspiração será removido e uma seringa de 3 ml para aspiração da medula deverá ser conectada ao centro da cânula de aspiração (Figura 4). O êmbolo da seringa deverá ser puxado para aspirar 0,5-1 ml de medula óssea (Figura 5). Quanto menor o volume aspirado, maior será a concentração de células e menor será a quantidade do sangue periférico.

Para evitar acidentes, é muito importante seguir todos os passos da técnica (exame de imagem adequado para medição da tuberosidade e controlar a penetração da agulha de aspiração) para evitar que a agulha de aspiração ultrapasse a tuberosidade e penetre na fossa pterigopalatina, podendo atingir a artéria maxilar.

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No uso do AMO para o tratamento de um alvéolo de extração, o dente deverá ser removido previamente, procurando fazê-lo de forma minimamente traumática, sem retalho e com o auxílio de um periótomo. Entre o momento da extração e a coleta do AMO, o alvéolo deverá permanecer preenchido com o próprio coágulo sanguíneo. Assim, antes de inserir o AMO recém-colhido, o coágulo do alvéolo deverá ser aspirado e o AMO imediatamente inserido (Figura 6). Então, o alvéolo deverá ser fechado, preferencialmente, com uma técnica sem retalho, como a reconstrução alveolar proteticamente guiada (RAPG).