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Por que é interessante? Uma prótese conjugada pode ser indicada para suprir necessidades protéticas. Assim, os autores avaliaram a resistência à fratura de coroas para CAD/CAM totalmente cerâmicas com dois diferentes desenhos de apoio oclusal.
Desenho experimental: dois primeiros pré-molares superiores foram preparados para coroas totais, que receberam peças projetadas em CAD com apoio disto-oclusal largo ou estreito (2/3 e 1/3 da largura vestibulolingual de um dente não preparado). Foram testadas 80 coroas monolíticas, divididas em resina composta (RC); cerâmica à base de dissilicato de lítio (DL); zircônia IPS ZirCAD; e zircônia Ceramill zolid ht+. As coroas foram cimentadas em substrato de resina epóxi com cimento resinoso adesivo. A resistência à fratura foi testada com a máquina de ensaios universal.
Os achados: o desvio-padrão médio de carga máxima para fratura variou de 3.476,10 N ± 285,97 N para preparos estreitos a 687,89 N ± 167,63 N para preparos amplos. O desvio-padrão médio de carga máxima foi 1.075 N ± 77,0 N para o grupo RC; 1.309,3 N ± 283,9 N para o grupo DL; 3.476,1 N ± 285,97 N para o grupo ZirCAD; e 2.666,7 N ± 228,21 N para o grupo Ceramill, com apoio oclusal estreito. Os resultados da comparação intergrupos mostraram diferenças significativas na resistência à fratura, com vários grupos de materiais e desenhos de preparo de apoio oclusal (p < 0,001).
Conclusão: coroas cerâmicas à base de zircônia são as mais resistentes. Preparos de apoio oclusal estreitos tiveram maior resistência. O CAD/CAM projeta preparos de apoio estreitos com maior resistência e, portanto, pode proporcionar estética com alta resistência em próteses conjugadas.
João Paulo Mendes Tribst
Pós-graduação em Odontologia – Universidade de Taubaté.