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Leituras essenciais – Implantodontia

Uma seleção dos artigos científicos mais relevantes publicados recentemente nos periódicos internacionais

Colocação imediata do implante em alvéolos de extração recente usando minirretalho envelope de espessura dividida: estudo clínico randomizado controlado

Garcia-Sanchez R, Mardas N, Buti J, Ortiz Ruiz AJ, Pardo Zamora G. Immediate implant placement in fresh alveolar sockets with a minimal splitthickness envelope flap: a randomised controlled clinical trial. Clin Oral Implants Res 2021;32(9):1115-26.

Por que é interessante? Compara duas técnicas de retalho: convencional (grupo-controle) e o minirretalho com espessura dividida (grupo-teste) para implantes imediatos em alvéolos de extração recente.

Desenho experimental: após a randomização, os implantes foram colocados nas regiões anterior e dos pré-molares. Regeneração óssea guiada (ROG) e enxerto de tecido conjuntivo autógeno foram usados em todos os casos. A prótese definitiva foi colocada após 16-18 semanas. O sucesso e sobrevivência dos implantes, bem como a espessura óssea vestibular, foram avaliados 12 meses depois. O PES/WES e os relatos dos pacientes também foram considerados.

Os achados: 28 implantes em 28 pacientes, sem diferença estatística para os escores PES (grupo-controle: 10,54 | grupo-teste: 10,80) e WES (6,97 contra 6,95). Ainda, sem diferenças no sucesso (100%) ou sobrevivência (100%), bem como na espessura da tábua óssea vestibular entre controle (0,72 mm ± 0,22 mm) e grupo-teste (0,92 mm ± 0,31 mm), e nos relatos dos pacientes.

Conclusão: implantes imediatos instalados com ambas as técnicas de retalho forneceram resultados clínicos similares. Entretanto, falhas estéticas foram comuns em ambos os grupos.

Veja o artigo original em: https://doi.org/10.1111/clr.13806.

Efeito da preservação do rebordo alveolar no nível de inserção clínica dos dentes adjacentes: estudo clínico randomizado

Khouly I, Strauss FJ, Jung RE, Froum SJ. Effect of alveolar ridge preservation on clinical attachment level at adjacent teeth: a randomized clinical trial. Clin Implant Dent Relat Res 2021;23(5):716-25.

Por que é interessante? Verifica se a preservação do rebordo alveolar muda o nível de inserção clínica nos dentes adjacentes aos alvéolos de extração após seis meses.

Desenho experimental: 17 pacientes com necessidade de extração dentária bilateral dos molares superiores. Após a remoção, os alvéolos foram randomizados (desenho split-mouth): 1) DBBM com 10% de colágeno (DBBM-C) recoberto com membrana de colágeno; e 2) Sangramento espontâneo (grupo-controle). Nível de inserção clínica, profundidade de bolsa, sangramento à sondagem, recessão gengival e níveis ósseos foram examinados no momento da cirurgia e seis meses depois.

Os achados: 14 pacientes disponíveis. Da cirurgia aos seis meses, os valores médios de inserção clínica foram de -0,23 mm ± 0,65 mm (ganho) no grupo DBBM-C, e de 0,05 mm ± 0,86 mm (perda) no grupo-controle (p=0,04). O ganho de inserção clínica foi mais favorável na mesiopalatina (p=0,01). A redução da profundidade de bolsa foi de -0,68 mm ± 0,84 mm no grupo-teste, e -0,34 mm ± 0,74 mm no grupo-controle (p=0,02), também significativa (p=0,001) no sítio mesiopalatino do grupo-teste. Não houve diferenças entre sangramento à sondagem, recessão e nos níveis ósseos entre os grupos (p > 0,05).

Conclusão: DBBM-C revelou maior tendência de ganho nos níveis de inserção clínica e redução de profundidade de bolsa nos dentes adjacentes, mas clinicamente não foi significativo.

Veja o artigo original em: https://doi.org/10.1111/cid.13040.

Avaliação da osteotomia excessiva comparada à osteotomia convencional na sobrevivência e estabilidade do implante: estudo clínico randomizado

Seleem A, Tawfik OK, El-Nahass H. Evaluation of oversized drilling on implant survival and stability versus traditional drilling technique: a randomized clinical trial. Int J Oral Maxillofac Implants 2021;36(4):771-8.

Por que é interessante? O artigo investiga se modificações nos protocolos de osteotomia podem gerar resultados clínicos diferentes nos implantes.

Desenho experimental: RCT prospectivo. 20 implantes na região posterior da maxila (dez com osteotomia recomendada pelo fabricante, dez com osteotomia excessiva em 3-5 mm). A estabilidade do implante foi verificada com RFA por três meses, e os níveis da crista óssea foram examinados com a técnica do paralelismo radiográfico por seis meses. Relatos dos pacientes monitorados ao longo do estudo: dor, edema, satisfação e sobrevivência do implante.

Os achados: no grupo convencional, os valores do ISQ caíram nas primeiras quatro semanas, crescendo gradualmente em seguida. No grupo-teste, um aumento rápido no ISQ foi observado desde a cirurgia até a semana 12. Houve uma diferença significativa entre os níveis ósseos: grupo-teste: 0,908 mm ± 0,343 mm; grupo convencional: 1,3 mm ± 0,23 mm.

Conclusão: os resultados sugerem que a osteotomia excessiva pode gerar tanto a estabilidade do implante como a recuperação cirúrgica precoce, quando comparada à osteotomia recomendada pelo fabricante.

Veja o artigo original em: https://doi.org/10.11607/jomi.8777.

Efeito da fibrina rica em plaquetas na formação óssea, parte 1: preservação do rebordo alveolar

Miron RJ, Fujioka-Kobayashi M, Moraschini V, Zhang Y, Gruber R, Wang HL. Efficacy of platelet-rich fibrin on bone formation, part 1: alveolar ridge preservation. Eur J Oral Implantol 2021;14(2):181-94.

Por que é interessante? Investiga o PRF na preservação do rebordo alveolar, comparado à cicatrização natural, e o material de enxertia óssea e PRF comparados com material de enxertia óssea.

Desenho experimental: revisão sistemática. Estudos divididos em três categorias: cicatrização natural versus PRF; material de enxertia óssea versus PRF; e material de enxertia óssea versus PRF combinado com material de enxertia óssea.

Os achados: 179 artigos identificados, com 16 RCTs incluídos. No total, dez RCTs compararam a cicatrização natural versus PRF (sete foram favoráveis ao PRF na nova formação óssea e mudanças dimensionais nos alvéolos). Três estudos compararam o material de enxertia óssea versus o PRF (grupo com PRF gerou maior reabsorção óssea vertical e horizontal). Dois dos três estudos investigando material de enxertia óssea combinado com PRF mostraram que a abordagem combinada é melhor do que o material de enxertia isolado. A melhora dos tecidos moles foi unânime em todos os estudos com PRF.

Conclusão: na situação cicatrização natural versus PRF, este impede mais as mudanças dimensionais. Entretanto, 75% dos estudos mostraram que o material de enxertia óssea comparado ao PRF ainda tem maior capacidade de manter as dimensões do alvéolo pós-extração. O uso do PRF ao material de enxertia óssea pode melhorar os resultados clínicos, mas os dados ainda são limitados.

Veja o artigo original em: https://bit.ly/3CdngRK.