Uma seleção dos artigos científicos mais relevantes publicados recentemente nos periódicos internacionais.
Hentenaar DF, De Waal YC, Van Winkelhoff AJ, Raghoebar GM, Meijer HJ. Influence of cervical crown contour on marginal bone loss around platformswitched bone-level implants: a 5-year cross-sectional study. Int J Prosthodont 2020;33(4):373-9.
Por que é interessante: os autores buscam avaliar como o contorno cervical da coroa protética se relaciona com a saúde e estabilidade do osso marginal e tecido mole periimplantar após cinco anos de avaliação.
Desenho experimental: os autores selecionaram 96 pacientes do centro médico universitário de Groningen (Holanda). No total, foram colocados 122 implantes na região posterior da mandíbula e maxila. Foi realizada uma radiografia de controle após um mês desde a instalação dos implantes e outra radiografia após cinco anos. Ambas foram comparadas e o nível ósseo mensurado, além do ângulo do perfil cervical de cada coroa protética.
Os achados: o ângulo do perfil de emergência variou de 0,5 a 18° na face mesial e 2,8 a 18,7° na face distal das coroas. Quanto maior a altura da coroa protética, maior o ângulo do perfil de emergência. A perda óssea média foi de 0,14 mm na face mesial e 0,26 mm na face distal, sem relação direta com o ângulo do perfil de emergência da coroa.
Conclusão: o contorno cervical da coroa nos implantes com plataforma switching posicionados na região posterior não demonstra correlação com a perda óssea marginal peri-implantar ou com a saúde do tecido mole em até cinco anos após a colocação do implante.
João Paulo Mendes Tribst
Mestre e doutorando em Odontologia Restauradora, especialidade Prótese Dentária – Unesp/São José dos Campos.