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Influência da mucosa queratinizada nos resultados da terapia cirúrgica da peri-implantite

Uma seleção dos artigos científicos mais relevantes publicados recentemente nos periódicos internacionais.

Ravidà A, Saleh I, Siqueira R et al. Influence of keratinized mucosa on the surgical therapeutical outcomes of peri-implantitis. J Clin Periodontol 2020;47(4):529-39.

Por que é interessante: o estudo ajuda a entender o papel da mucosa queratinizada (MQ) nas cirurgias para tratamento da peri-implantite e manutenção a longo prazo.

Desenho experimental: 40 pacientes com peri-implantite tratados cirurgicamente (68 implantes) foram divididos em dois grupos (largura de MQ < 2 mm e ≥ 2 mm), obtendo-se dados retrospectivos após a colocação do implante (T0) e o dia do tratamento cirúrgico (T1). Após um ano, foram realizados exames clínicos e radiográficos (T2). Os critérios de sucesso foram definidos como profundidade de sondagem (PS) <5 mm, ausência de sangramento a sondagem (SS)/supuração (SUP) e nenhuma perda óssea marginal radiográfica progressiva (critério 1). O critério 1 foi utilizado para definir o sucesso após tratamento ressectivo e regenerativo em T2. Um critério adicional (critério 2) foi utilizado em T2 para definir o sucesso em locais tratados com terapia regenerativa (PS < 5 mm, índice de sangramento do sulco modificado (ISS) em < 25% dos locais e preenchimento ósseo de defeito > 25% ou > 1 mm).

Os achados: de T0 a T1, não foram encontradas diferenças na MQ entre os grupos em termos de PS peri-implantar (PPD) e SS. No entanto, os locais com < 2 mm de MQ apresentaram supuração significativamente maior e menor nível ósseo marginal (NOM), p > 0,01. Entre T1 e T2, não foram observadas grandes diferenças na redução da PS, SS e NOM entre os dois grupos. A análise estatística detectou que a gravidade do NOM antes da terapia cirúrgica era um melhor preditor para sobrevida do implante, quando comparada com a largura da MQ.

Conclusão: a falta de MQ está mais associada à progressão da peri-implantite, enquanto os resultados da terapia pela gravidade da perda óssea.

Veja o artigo original aqui.