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Guias tomográficos de fácil execução e alta precisão

Guaracilei Maciel Vidigal Jr. mostra que a reconstrução protética pode ser feita pela técnica da montagem diagnóstica de dentes, uma abordagem para confecção dos guias tomográficos.

A realização de um diagnóstico preciso no planejamento de implantes é um pré-requisito para o sucesso do tratamento, evitando complicações de curto, médio e longo prazo. No caso de pacientes edêntulos, é necessário executar a reconstrução prévia dos dentes ausentes e/ou perdidos com o objetivo de determinar o espaço mesiodistal que cada dente ocupará, no caso da cirurgia para instalação de implantes. Esta reconstrução protética pode ser feita pela técnica da montagem diagnóstica de dentes, uma abordagem de execução simples e rápida para confecção dos guias tomográficos.

Para execução da montagem diagnóstica de dentes, é preciso ter dentes de estoque próprios para a área edêntula, além de cera macia. Depois de feita a montagem diagnóstica dos dentes no modelo de estudo, são necessários filetes de folha de chumbo obtidos de películas radiográficas, cola instantânea extraforte, como a Super Bonder, e uma placa de acetato de 0,3 mm de espessura.

O caso a seguir exemplifica a confecção, o uso e as vantagens dos guias tomográficos no planejamento para cirurgia de implante. A paciente candidata ao tratamento com implantes possuía severa atrofia óssea no quadrante 2. Seis meses antes do pedido do exame tomográfico deste caso, foi feita cirurgia para aumento horizontal do rebordo e levantamento do assoalho do seio maxilar para enxertia no quadrante 2.

Após a cicatrização desta cirurgia, foi feita a moldagem para obtenção do modelo de estudo, onde foi possível notar que a área edêntula envolvia os dentes 13, 14, 15, 16 e 17 (Figura 1). Para iniciar a confecção da montagem diagnóstica de dentes, uma placa de cera utilidade foi recortada no tamanho adequado e colocada sobre a área edêntula (Figura 2). Trabalhar com a cera utilidade é muito mais fácil do que com a cera 7. Em seguida, foi feita a montagem diagnóstica de dentes (Figura 3). Alguns dentes podem precisar ser desgastados para encaixar no modelo. Após a montagem dos dentes, confecciona-se a placa para os guias tomográficos, aquecendo a placa de acetato de 0,3 mm na plastificadora a vácuo (Figura 4). Com uma placa de 0,3 mm de espessura, é muito mais fácil fazer o recorte da placa sem danificar o modelo, usando um estilete. O recorte do acetato deve ser feito no fundo do vestíbulo da área edêntula e na altura do equador dos dentes (Figura 5).

As folhas de chumbo obtidas das películas radiográficas podem ser recortadas em três partes, e cada parte deve ser dobrada duas ou três vezes, de acordo com a espessura desejada. As folhas de chumbo devem ser adaptadas em cima do acetato no centro de cada dente e coladas com Super Bonder no centro das futuras coroas, utilizando um aplicador tipo microbrush na parte interna da folha de chumbo.

Pela vestibular, as folhas de chumbo devem ficar exatamente na altura das futuras margens gengivais (Figura 6). O guia tomográfico pronto deve ser entregue ao paciente em uma caixa para aparelho ortodôntico, para protegê-lo (Figura 7). O resultado do exame tomográfico mostra o nível de precisão que o planejamento oferece. Note, também, o perfil da folha de chumbo abaixo da crista óssea. Em função das medidas, a seleção do implante é feita especificamente para cada área (Figuras 8 a 10).

Referências

Medeiros DZ, Segal IC, Sperandio DMS, Vidigal Jr. GM. Guias tomográficas de fácil execução e alta precisão [On-line]. Disponível em <https://youtu.be/ZrAER1_KdHk>.