You are currently viewing Avaliação do fenótipo gengival na prática clínica

Avaliação do fenótipo gengival na prática clínica

Na literatura, há diversas classificações de avaliação do fenótipo gengival, sendo a mais usual a distinção entre fino e espesso.

O fenótipo gengival refere-se às características visíveis e mensuráveis dos tecidos gengivais em um indivíduo. Estas características incluem a espessura da gengiva, a largura da mucosa ceratinizada, a forma do contorno gengival e a presença de recessões ou inflamações. Esses atributos desempenham um papel crucial na saúde bucal e na estética do sorriso. Na literatura, há diversas classificações de fenótipos gengivais, sendo a mais usual a distinção entre fino e espesso1-2.

O fenótipo fino é mais translúcido e delgado, enquanto o espesso se destaca pela presença de uma estrutura óssea densa, gengiva fibrosa e ampla quantidade de gengiva inserida. Na Tabela 1, estão descritas as características de cada fenótipo3. Existem vários métodos de diagnóstico para avaliação do fenótipo periodontal, frequentemente divididos entre clínicos e radiográficos.

TABELA 1 – CARACTERÍSTICAS DOS FENÓTIPOS FINO E ESPESSO3

TRANSPARÊNCIA DA SONDA PERIODONTAL

A espessura gengival é categorizada como fina se o contorno da sonda periodontal for visível através da margem gengival, e grossa se não for visível (Figuras 1). Recentemente, a sonda periodontal dupla e a sonda periodontal com ponta colorida (branca, verde e azul) foram incluídas como instrumentos especiais para análise da espessura gengival pelo método TRAN. Segundo a literatura, este método é altamente confiável e reprodutível.

A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO (CBCT)

Foi introduzida como uma tomografia computadorizada volumétrica, utilizando a técnica de feixe cônico. A ST-CBCT foi proposta como uma variante para retrair os tecidos moles (lábio, bochechas e língua), afastando-lhes da gengiva, tanto na face bucal quanto na palatina (Figura 2). Assim, é criado um espaço escuro, cheio de ar, que faz uma distinção importante entre tecidos moles e duros. Para retração dos tecidos moles, pode ser utilizado um afastador labial plástico.

Em conclusão, é possível dizer que um fenótipo espesso influencia a estabilidade do nível da margem gengival. A tendência à progressão das recessões gengivais e ao desenvolvimento de novos defeitos de recessão em locais não tratados pode ser devido à persistência do fenótipo fino, que é um dos principais fatores predisponentes para recessões gengivais. Por isso, o correto diagnóstico é uma ferramenta essencial para evitar ao mínimo os problemas nos tratamentos periodontais.

Referências

  1. Barootchi S, Tavelli L, Wang H. Gingival phenotype modification therapies on natural teeth: a network meta-analysis. J Periodontol 2020;91(11):1386-99.
  2. Malpartida-Carrillo V, Tinedo-Lopez PL, Rösing CK. Periodontal phenotype: a review of historical and current classifications evaluating different methods and characteristics. J Esthet Restor Dent 2021;33(3):432-45.
  3. Kao RT, Pasquinelli K. Thick vs. thin gingival tissue: a key determinant in tissue response to disease and restorative treatment. J Calif Dent Assoc 2002;30(7):521-6.