Rodrigo Didario, diretor presidente da Geistlich Pharma do Brasil, analisa o ambiente corporativo cada vez mais competitivo.
Vivemos na era em que a tecnologia digital se tornou a protagonista em ditar não somente o caminho do consumo, mas também suas tendências e comportamentos, a forma mais eficiente de trabalhar, o acesso rápido à informação e a utilização de diferentes canais e redes sociais para se comunicar.
Fazendo um comparativo, no século passado, os grandes avanços tecnológicos demoravam décadas para acontecerem e evoluírem até ficarem acessíveis a ponto de mudarem o comportamento de consumo. Diferentemente da velocidade do passado, nas últimas duas décadas, estamos vivendo a grande revolução digital de forma abrupta: uma era conectada e rápida na troca de dados e no desenvolvimento de novas mídias. Seu uso em grande escala pela sociedade mudou completamente o ambiente social, econômico e político do mundo.
Atualmente, temos muitas informações vindas de todos os lados. Cabe a cada um filtrar as verdadeiras, as que agregam e as necessárias. Esse é um desafio para evitar perder tempo e esforço em assuntos falsos e desnecessários, que geram uma noção equivocada sobre “conhecimento”.
A inteligência artificial está substituindo cada vez mais tarefas operacionais e, em muitos casos, a mão de obra não qualificada. Já o marketing digital tornou-se a grande ferramenta para criar estratégias, além de promover e impulsionar os negócios através das redes sociais e mídias. As soluções digitais aplicadas ao ambiente corporativo abriram caminho ao trabalho e à gestão de forma híbrida e remota. O consumo digital está massivamente presente no nosso dia a dia e quem optar por não utilizá-lo ficará desatualizado.
Esse momento impõe uma pressão psicológica em aderir comportamentos e práticas que podem não ser de longo prazo – seja porque a mudança tecnológica continuará acontecendo mais rápida do que a nossa capacidade de se acostumar com esses comportamentos e práticas, ou até mesmo por serem inacessíveis a ponto de serem extintos antes mesmo do consumo em escala.
Diante desta situação, temos um ambiente cada vez mais competitivo. As corporações e seus profissionais precisam ter discernimento sobre qual solução digital utilizar, como utilizar e até quando – isso sem contar a necessidade contínua de empreendedorismo, desenvolvimento e capacitação.
Agora, fica uma dúvida: quais serão os diferenciais que fidelizarão o consumidor neste ambiente competitivo? Acredito que o pioneirismo e a excelência no serviço humanizado continuarão fazendo o que ainda não é possível fazer apenas com o uso de soluções digitais. Definir uma identidade própria, atrelada à visão e à missão da empresa, em que ambas possam gerar impacto positivo e serem replicadas em escala na sociedade de forma sustentável e acessível, pode ser um caminho.
Rodrigo Didario
Diretor presidente da Geistlich Pharma do Brasil.