Tratamento ortodôntico: Ivete Sartori apresenta caso clínico em que descreve passo a passo do chamado jig funcional e estético.
Casos clínicos com diferentes graus de complexidade estão presentes no dia a dia dos profissionais. A necessidade de diagnóstico é sempre preponderante para que as opções de tratamento possam ser compreendidas e apresentadas ao paciente.
A decisão entre realizar reabilitações orais associando ou não movimentações ortodônticas (tratamento ortodôntico) estará sempre na dependência da análise do relacionamento entre arcos. Para que isso possa ser analisado, são necessárias a moldagem e montagem dos casos em articulador semiajustável (ASA) ou pode-se utilizar a tecnologia digital, realizando a montagem virtual dos modelos. Independentemente da escolha, será necessário o diagnóstico clínico. Para isso, é imprescindível entender a dimensão vertical de oclusão correta, o relacionamento entre arcos com os côndilos em posição de relação cêntrica e o relacionamento estético dos dentes com os lábios e a face do paciente.
Quando há dentes anteriores presentes, a relação desses com os lábios pode ser observada e, mesmo que a posição e/ou comprimento não estejam ideais, será possível utilizá-los completando a informação através da construção de aparato em resina, o chamado jig funcional e estético. O caso clínico a seguir descreve esse passo a passo.
A montagem virtual permitiu compreender a relação entre arcos que se estabeleceria na nova DVO. Percebe-se que o setor anterior até poderia ser solucionado com preparos e próteses, e a nova DVO permitiria boa relação entre arcos. No entanto, observe que no setor posterior, caso a decisão fosse essa, todos os dentes superiores e inferiores seriam envolvidos por preparos, e as cargas não resultariam axiais nesses elementos. Assim, chegou-se à conclusão de que a melhor opção seria associar movimentação ortodôntica prévia à reabilitação.