Roger Kirschner observa que a radiofrequência é um dos tratamentos mais procurados no segmento de estética facial e corporal.
O processo de envelhecimento é frequentemente associado a efeitos indesejáveis na linha do pescoço, incluindo acúmulo de gordura, redundância da pele, flacidez e ptose das estruturas anatômicas subjacentes.
A ocorrência de pacientes com rugas no pescoço tem aumentado, observando-se também um crescimento entre os mais jovens. As rítides e a flacidez facial aparecem como consequência do enrijecimento das fibras colágenas, juntamente com a perda de fibras elásticas e tecido conjuntivo, resultando na alteração da camada adiposa e na formação de rugas de gravidade.
O aumento de casos entre jovens pode ser explicado pela tendência de inclinar a cabeça para baixo ao usar computador e smartphone – é possível que essa postura crie rugas na pele do pescoço. Nessas pessoas, são vistas rugas horizontais muito proeminentes no pescoço e sem o acúmulo de gordura, ptose ou ainda diminuição da flacidez da pele. Para oferecer aparência mais jovem, é preciso reduzir a profundidade das rugas e criar um tom de pele mais homogêneo, com textura mais lisa.
Com o progresso das tecnologias, principalmente em equipamentos, há um grande leque de opções para tratamentos. Nos últimos anos, a radiofrequência (RF) monopolar/bipolar tem sido amplamente usada por profissionais das diversas áreas de estética para melhorar e rejuvenescer a pele envelhecida de maneira simples e segura, com um pequeno tempo para recuperação.
A RF produz uma corrente elétrica que gera efeitos térmicos por meio da resistência dos tecidos dérmico e subcutâneo. Esses efeitos térmicos estimulam a contração inicial do colágeno e a resposta cicatrizante, induzindo a remodelação do colágeno dérmico e tensionando os tecidos cutâneos.
A manopla monopolar possui potência e densidade mais elevadas, pois é concentrada em um único foco, enquanto a bipolar é limitada entre a distância dos dois eletrodos, com sua penetração de igual à metade da distância entre os dois pinos. Uma das grandes vantagens da RF está em não estimular os cromóforos epidérmicos.
Múltiplas terapias estão sendo utilizadas para rejuvenescimento facial de forma ablativa e não ablativa. Com a radiofrequência não ablativa, temos um controle melhor do uso, com um grau de segurança, e fornecendo calor entre 38ºC e 42ºC através de um processo de corrente elétrica alternada de alta frequência que penetra os tecidos.
A penetração de calor promove agitação entre as moléculas de água e, assim, há aumento da vasodilatação, melhora da drenagem de toxinas e radicais livre, além da criação de uma resposta inflamatória nestes tecidos. Os tratamentos estéticos à base de radiofrequência são excelentes para firmar a pele, pois estimulam a produção de novas fibras de colágeno. Também, devido à sua desnaturação, promove a produção de fibras elásticas e fortalece a qualidade dos adipócitos com sua lipólise, para que a pele se mantenha saudável e, ao mesmo tempo, com um bom aspecto.
A radiofrequência é um dos tratamentos mais procurados no segmento de estética facial e corporal, para uso em rejuvenescimento, contorno corporal e melhora de flacidez, rugas e celulite.
Devido à massa reduzida de tecido sobre proeminências ósseas, pode ocorrer um aquecimento elevado por causa da baixa capacidade de dissipação do calor produzido. Uma varredura constante e correta garante boa leitura de temperatura pelo sensor da manopla e corrige esse problema, modulando a potência de radiofrequência e reduzindo sensações desagradáveis.
Roger Kirschner
Mestre e especialista em Prótese Dentária, especialista em Periodontia, coordenador da pós-graduação em HOF e professor do mestrado em HOF – SLMandic; Especialista em Implantodontia – FMU; MBA em Visagismo – Universidade Estácio de Sá; Coordenador da pós-graduação em HOF – Aorp. Orcid: 0000-0002-9589-6094.