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Técnica versus tecnologia na Prótese Dentária

Diego Klee questiona: “De que adianta o melhor escâner do mundo se o operador desconhece os princípios que regem os preparos protéticos?”.

O sucesso de uma reabilitação protética pode ser avaliado pela longevidade protética, pela saúde pulpar e periodontal dos dentes envolvidos, pela função, pela estética e, acima de tudo, pela satisfação do paciente. O correto diagnóstico e um planejamento minucioso são fundamentais para o resultado do tratamento.

O protesista deve estar preparado para diagnosticar, indicar e executar o tratamento reabilitador. Todas as etapas são importantes e interdependentes, e não podem ser negligenciadas. A transformação digital que estamos percebendo na Odontologia, e em especial na Prótese Dentária, tem o poder de alterar a realidade dos consultórios, tornando os procedimentos mais rápidos e seguros.

É importante conhecer as inovações da área e avaliar quais delas fazem sentido em seu plano de trabalho e se encaixam ao seu modelo de negócio. O fluxo digital na prótese fixa é uma realidade cada vez mais presente nos consultórios, e a aquisição de um escâner intraoral é uma importante decisão para ingressar neste universo.

É consensual na literatura os benefícios deste investimento: auxilia no diagnóstico e no plano de tratamento, facilita a comunicação com pacientes e laboratórios, além de melhorar a velocidade e a qualidade dos tratamentos realizados dentro do fluxo digital. O escaneamento intraoral gera uma economia de tempo, insumos e espaço.

Contudo, é importante compreender que a tecnologia é apenas mais uma ferramenta de trabalho dentro do arsenal de materiais e equipamentos em nossos consultórios. A capacidade técnica do operador continua sendo preponderante para o sucesso dos tratamentos. De que adianta o melhor escâner do mundo se o operador desconhece os princípios que regem os preparos protéticos?

É muito comum observarmos falhas na delimitação e no acabamento do término cervical, desgaste axial excessivo, desvio do longo eixo do dente, convergência oclusal excessiva, falta de convergência oclusal, desgaste oclusal insuficiente ou incorreto, desgaste da face lingual insuficiente ou incorreto, zonas retentivas e falta de arredondamento dos ângulos. Os erros ocorrem principalmente pelo despreparo do operador, e não serão atenuados pela tecnologia de seus equipamentos.