Trabalho relata reconstrução de maxila atrófica com enxerto de calota craniana e apresenta benefícios na reconstrução para reabilitação com implantes.
AUTORES
Jéssica Louzada Sandri Rocha
Integrante do programa de residência do Depto. de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba.
Orcid: 0000-0001-8921-2867.
Lucas Cavalieri Pereira
Coordenador do programa de residência do Depto. de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba.
Orcid: 0000-0001-9664-3550.
Francisco Bruno Nunes Nascimento Silva
Integrante do programa de residência do Depto. de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba.
Orcid: 0000-0002-3034-7043.
Ana Julia Coral
Integrante do programa de residência do Depto. de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba.
Orcid: 0000-0003-4949-6150.
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo relatar um caso de reconstrução de maxila atrófica com enxerto de calota craniana e apresentar seus benefícios na reconstrução para reabilitação com implantes dentários. Paciente do sexo feminino, leucoderma, com 59 anos de idade, compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba com queixa de prótese total sem retenção. Ao exame físico, observou-se atrofia maxilar e mandibular posterior bilateral. Na análise da tomografia computadorizada, observou-se perda óssea horizontal e vertical em maxila, com pneumatização dos seios maxilares. A conduta clínica selecionada foi a reconstrução da maxila e da região posterior bilateral da mandíbula, sendo o osso parietal a área de escolha. A instalação dos implantes foi realizada em segundo tempo, após seis meses da reconstrução, e a reabilitação protética foi realizada três meses após a osseointegração dos implantes. A utilização do enxerto de calota craniana apresenta algumas vantagens: grande área doadora e, consequentemente, maior disponibilidade óssea, maior densidade óssea da cortical do parietal posterior, menor prejuízo estético ao paciente na remoção do enxerto, menor reabsorção óssea durante a remodelação pós-operatória, além da baixa morbidade. Portanto, enxertos ósseos da calota craniana são opções viáveis para a reconstrução de maxilas atróficas.
Palavras-chave – Osso parietal; Transplante ósseo; Implantação dentária; Atrofia.
ABSTRACT
This work aims to report a case of atrophic maxilla reconstruction with calvarial graft and present its benefits in reconstruction for rehabilitation with dental implants. A 59 years-old female patient, attended the Buco-Maxillofacial Surgery and Traumatology service at the Hospital of Sugarcane Suppliers in Piracicaba complaining of total prosthesis without retention. On physical examination, bilateral maxillary and mandibular posterior atrophy was observed. In the computed tomography analysis, horizontal and vertical bone loss in the maxilla was observed, with pneumatization of the maxillary sinuses. The approach was to reconstruct the maxilla and bilateral posterior region of the mandible, with the parietal bone being the area of choice. Implant placement was performed in the second stage, after 6 months of reconstruction. The prosthetic rehabilitation was carried out 3 months after the osseointegration of the implants. The use of the calvarial graft has several advantages: large donor area and, consequently, greater bone availability, greater bone density of the posterior parietal cortex, less aesthetic damage to the patient in graft removal, less bone resorption during postoperative remodeling, in addition to low morbidity. Therefore, bone grafts from parietal region are viable options for the reconstruction of atrophic jaws.
Key words – Parietal bone; Bone transplantation; Dental implantation; Atrophy.
Recebido em jan/2021
Aprovado em ago/2021