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Os anseios que as novas tendências e tecnologias geram nos laboratórios

David Morita reforça que os profissionais nem sempre sabem como realizar mudanças importantes nos laboratório, desejando resultados sem alcançar o esperado.

Recentemente, aconteceu em São Paulo o Cipro Expolab (Congresso Internacional de Prótese Odontológica), entre os dias 19 e 21 de setembro, no Pavilhão Amarelo do complexo Expo Center Norte. Um local muito bem planejado e com muitas atrações científicas, estandes bem montados para receber os congressistas, happy hour com atrações musicais e muitos encontros com amigos que só um grande congresso pode proporcionar. Claro que aproveitei o momento para fazer inúmeras selfies com os amigos e publicar nas minhas redes sociais, como um verdadeiro congressista. Isto porque sempre estive nos congressos da APDESP como parte da comissão organizadora e, por esta razão, nunca pude aproveitar tanto um congresso como nesta edição. Realmente foi incrível!

Muitas empresas do setor estavam presentes mostrando tudo que há de mais atual em tecnologia e tendências do mercado. Fresadoras, impressoras 3D, materiais de impressão com proposta de restauração definitiva e lançamento de matéria-prima com custos mais atrativos e de boa qualidade para competir com os materiais atualmente disponíveis em nosso mercado. E tudo isso em um só lugar. Cada edição deste evento traz consigo a força para direcionar o mercado brasileiro da Prótese Dentária, e é dentro deste ambiente que muitos donos de laboratório costumam realizar investimentos para seus negócios.

Sim, pois em um evento como este podemos fazer pesquisas, tirar dúvidas sobre toda a proposta de negócio pretendida e decidir qual a melhor opção antes de fechar um negócio. Ok, até aí tudo certo! Porém, após este negócio ser fechado – o que para muitos pode ser um sonho de vida –, um grande problema pode surgir.

Atualmente, muitos técnicos são, além de técnicos, grandes empresários do setor visando sempre o empreendedorismo. São muito bem-sucedidos porque dominam não só o conhecimento técnico, mas também a capacidade de gerir um negócio que prospera e está sempre em expansão. Mas será que isso acontece com todo mundo? Todos os técnicos estão efetivamente preparados para empreender?

Ser um bom técnico não significa saber empreender. E é diante desta afirmativa que muitos, na ânsia de empreender, acabam assumindo uma grande dívida e passam a ser “escravizados” pelo seu próprio negócio. A preocupação em honrar o compromisso financeiro, produzir, repor material, suporte técnico, licenças, entre outros produtos que são correlatos do seu novo sistema, vem à tona quando passamos a utilizar novas tecnologias. Sem contar no desafio de estar usando novas ferramentas no dia a dia. Isso demanda tempo e amadurecimento profissional do dono do laboratório e de toda a sua equipe.

Tudo isso demanda aprimoramento técnico, adaptação e muito esforço contínuo de toda a equipe do laboratório. Por outro lado, o dono do laboratório deve ter ciência de que a sua empresa deve estar em conformidade com o que diz respeito à toda área administrativa do laboratório. Fluxo de caixa, estoque, entrada e saída de dinheiro, custo de matéria-prima, impostos, funcionários, despesas fixas e despesas variáveis fazem parte da rotina do empreendedor. Mas será que sabemos como funciona tudo isso? Como dito anteriormente, muitos técnicos deixaram de ser apenas técnicos para serem grandes empresários. Mas não são todos os técnicos que estão prontos para enfrentar este desafio.

Por isso, surgem novos serviços que podem amparar os que buscam um caminho mais sólido para o seu crescimento e melhorar seu desempenho como gestor de um negócio. Eu tive a honra e a oportunidade de acompanhar o início de um projeto que tem como objetivo ajudar donos de laboratório a alavancar seu negócio. Trata-se de uma mentoria que tem como propósito ajudar os donos de laboratório a expandirem seus negócios e terem mais êxito, de acordo com o investimento feito. Posso afirmar que eu mesmo já tive uma grande ajuda com esta mentoria, quando pude avaliar melhor minhas estratégias para o meu laboratório e, de maneira sólida, melhorar meu desempenho.

Com a ajuda desta mentoria, também pude perceber fatores importantes no desenvolvimento de processos de acordo com pilares importantes, como máquinas, pessoas, processos, financeiro e comercial. Tudo com a ajuda do amigo e mentor Jeferson Calgaro, que desenvolveu um método e tem contribuído para meu desempenho. Quem quiser saber mais sobre isso, sugiro buscar mais informações no perfil do Instagram @jefersoncalgaro. Claro que a mudança precisa ser de dentro pra fora. Ninguém pode te ajudar mais do que você mesmo. Por isso, não podemos “terceirizar” a culpa. Precisamos arregaçar as mangas e praticar o que nos é direcionado.

Nem sempre sabemos como realizar mudanças importantes em nosso laboratório, desejamos melhores resultados e não alcançamos o esperado. Por isso, quero deixar aqui para vocês um recado importante: não somos bons em tudo. Precisamos sempre de ajuda para melhorarmos como profissionais e como gestores. Aprender é a única saída para um negócio bem-sucedido.