Estudo avalia a distribuição das tensões em implantes com conexões internas que apresentam características geométricas diferentes. 

AUTORES

Gabriel Goetten
Mestre em Implantodontia – Faculdade São Leopoldo Mandic. Orcid: 0000-0002-2343-3840.

Bruno Salles Sotto Maior
Doutor em Prótese Dental e professor do Depto. de Clínica Odontológica – Universidade Federal de Juiz de Fora. Orcid: 0000-0002-9462-0299.

Alexandre Marcelo de Carvalho
Doutor em Implantodontia – Faculdade São Leopoldo Mandic; Professor – UniFagoc/Centro Universitário Ozanan Coelho. Orcid: 0000-0001-8080-8314.

Ricardo Moreno Bonilha Neto
Doutor em Implantodontia e professor de Implantodontia – Faculdade São Leopoldo Mandic. Orcid: 0000-0001-7119-6141.

Karine Carvalho Couto
Graduada em Odontologia – Uniavan; Técnica em prótese dentária – Núcleo Avançado de Estudos Odontológicos. Orcid: 0000-0001-7734-9911.

RESUMO

Objetivo: avaliar a distribuição das tensões em implantes com conexões internas que apresentam características geométricas diferentes, com angulações de 11,5º e 16º, através do método de análise de elementos finitos. Material e métodos: modelo M1: tratamento com implante cone-morse com angulação de 11,5º. Modelo M2: tratamento com implante cone-morse com angulação de 16º. Para simulação das cargas mastigatórias, a carga axial foi aplicada com intensidade de 100 N no sentido do longo eixo do implante; para a carga oblíqua, a intensidade foi de 100 N em 45º no sentido palatino vestibular em relação ao longo eixo do implante. Resultados: na análise do osso cortical, as maiores tensões foram para o grupo M2. A tensão nos implantes e pilares foi maior para o grupo M1, em comparação ao grupo M2. Na análise biomecânica dos parafusos, a tensão foi menor para o grupo M2. Nas coroas unitárias, os resultados quantitativos mostraram uma variação de tensão maior no grupo M1, em comparação ao grupo M2. Conclusão: as diferenças de tensão sugerem que o sistema com conicidade de 11,5º (M1) apresentou maiores picos de tensão no implante, pilar, parafuso e coroa protética, quando comparado ao sistema com conicidade 16º (M2). As tensões de tração e compressão no osso adjacente foram menores no grupo M1, com conicidade de 11,5º.

Palavras-chave – Implante dental; Interface implante-pilar; Elementos finitos; Conexão interna.

ABSTRACT

Objective: to evaluate the stress distribution in implants with internal connections that have different geometric characteristics, with angulations of 11.5 and 16 degrees using the finite element analysis method. Material and methods: model M1: treatment with a Morse Cone implant at an angle of 11.5. Model M2: treatment with Morse Cone implant at 16º angle. To simulate the masticatory loads, the axial load was applied with an intensity of 100 N in the direction of the long axis of the implant and for the oblique load, the intensity was 100 N at 45 degrees in the buccal palatal direction in relation to the long axis of the implant. Results: in the analysis of the cortical bone, the highest stresses were for the M2 group. Stress on implants and abutments was higher for group M1 compared to group M2. In the biomechanical analysis of the screws, the tension was lower for the M2 group. In the single crowns, the quantitative results showed a greater tension variation in the M1 group compared to the M2 group. Conclusion: the stress differences suggest that the system with a taper of 11.5 degrees (M1) presented higher stress peaks in the implant, abutment, screw and prosthetic crown when compared to the system with a taper of 16 degrees in the group (M2). Tensile and compressive stresses on the adjacent bone were lower in the M1 group with a taper of 11.5 degrees.

Key words – Dental implant; Implant-abutment interface; Finite elements; Internal connection.