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Alvéolos de extração: opções (e consequências) de fechamento

Como fechar alvéolos de extração em zona estética? Guaracilei Maciel Vidigal Júnior debate as técnicas mais usadas.

Extrações dentárias ainda são um procedimento frequente nos consultórios do Brasil. Ao diagnosticar a necessidade de extrair dentes, quase sempre surge a dúvida de como fechar este alvéolo de extração, principalmente se isto estiver ocorrendo na região anterior da maxila, a zona estética.

Para responder esta pergunta, devemos levar em consideração três fatores: 1) o risco estético que envolve: a altura da linha do sorriso, o grau de exigência estética do paciente, a experiência com procedimentos de manipulação dos tecidos moles, os fenótipos gengival e ósseo do paciente, e a extensão do defeito ósseo associado ao dente; 2) as alterações teciduais que podem ocorrer nos tecidos moles, como a mudança da linha mucogengival de posição, a retração ou alteração na forma da margem gengival e a perda da papila interdental; 3) a dificuldade da técnica cirúrgica (não para um especialista com experiência em procedimentos de manipulação dos tecidos moles, mas para o clínico geral). Diante das variáveis, às vezes, as decisões se tornam difíceis. E, realmente, é importante entender que cada opção apresentará vantagens e desvantagens.

Por isto, apresento as técnicas mais usadas para fechamento de defeitos alveolares após exodontias, com avaliação do risco para cada uma delas (Tabela 1). Em uma escala de zero a seis, o valor zero representa a melhor relação custo-benefício, com o menor risco e o melhor resultado. À medida que os valores sobem, aumenta-se o risco e os resultados frequentemente tornam-se menos favoráveis.

TABELA 1 – ESCORES DE RISCO RELACIONADOS À EXODONTIA (ERRE)

2: risco elevado; 1: risco moderado; 0: risco baixo. EGL: enxerto gengival livre. RAPG: reconstrução alveolar proteticamente guiada.

Então, para fechar os alvéolos de extração, podemos optar por: 1. Procedimentos mais simples, como a exodontia convencional com suturas (Figuras 1) ou a exodontia com tracionamento do retalho vestibular (Figuras 2); 2. Técnicas de fechamento mais complexas, como o uso do retalho palatino (Figuras 3) ou enxerto gengival livre (EGL) (Figuras 4); 3. Levando-se em consideração que extrações em áreas estéticas deveriam ser sempre realizadas sem retalho e com o auxílio de um periótomo, para evitar o uso de suturas que resultam em alterações teciduais com alto risco estético, a reconstrução alveolar proteticamente guiada (RAPG) torna-se o procedimento de primeira escolha (Figuras 5).

Referências
1. Tinti C, Benfenati SP. Coronaly positioned palatal sliding flap. Int J Period Rest Dent 1995;15:298-310.
2. Landsberg C, Bichacho N. A modified surgical/prosthetic approach for optimal single implant supported crown. Part I: the socket seal surgery. Pract Period Aesthet Dent 1994;6:11-7.
3. Vidigal Jr. GM, Dantas LRF. Prosthetically-driven alveolar reconstruction: a case report [On-line]. Disponível em <https://crimsonpublishers.com/mrd/pdf/MRD.000605.pdf>.