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A desmineralização de enxertos ósseos autógenos onlay pode melhorar suas propriedades mecânicas: estudo biomecânico e por mev

AUTORES

Marcus Gustavo Silva Rodrigues
Especialista em Periodontia e mestre em Reabilitação Oral/Periodontia – Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo.

Maria Lúcia Rubo de Rezende
Doutora em Periodontia e professora associada do Departamento de Prótese – Disciplina de Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo.

Adriana Campos Passanezi Sant’Ana
Doutora em Periodontia e professora associada do Departamento de Prótese – Disciplina de Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo.

Sebastião Luiz Aguiar Greghi
Doutor em Periodontia e professora associada do Departamento de Prótese – Disciplina de Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo.

Roberta Santos Domingues
Mestre em Reabilitação Oral/Periodontia e aluna do curso de Doutorado em Reabilitação Oral/Periodontia – Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo.

Carla Andreotti Damante
Doutora em Periodontia e professora assistente do Departamento de Prótese – Disciplina de Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo.

Euloir Passanezi
Doutor e professor titular do Departamento de Prótese – Disciplina de Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo.

RESUMO

Enxertos ósseos autógenos onlay são amplamente utilizados para reconstrução de rebordos alveolares severamente reabsorvidos para possibilitar a reabilitação oral com implantes. Métodos de tratamento da interface enxerto/leito (IEL) têm sido propostos para melhorar o potencial de consolidação e diminuir a taxa de reabsorção desses enxertos. Este estudo avaliou o efeito da desmineralização com EDTA sobre as propriedades mecânicas da IEL. Foram realizados enxertos ósseos nas tíbias de coelhos após um dos seguintes tratamentos da IEL: desmineralização com EDTA pH neutro a 24% por três minutos (G-EDTA); o mesmo tratamento de G-EDTA associado a perfurações do leito receptor (G-EDTA-P); apenas perfurações do leito (G-P); nenhum tratamento da interface (G-C). Após 90 dias, blocos ósseos contendo os enxertos foram removidos, preparados e submetidos a testes mecânicos de determinação da resistência à tração (RT) e módulo de elasticidade (E) em máquina de ensaio universal. Os resultados para RT foram: G-C= 2,08 ± 1,20 MPa; G-EDTA = 2,03 ± 0,97 MPa; G-EDTA-P = 1,97 ± 0,79 MP; G-P = 1,82 ± 0,80 MPa (p = 0,819). Os valores médios para E foram: G-C = 38,80 ± 22,72 MPa; G-EDTA-P = 26,24 ± 14,17 MPa; G-EDTA = 25,11 ± 9,89 MPa; G-P = 17,51 ± 7,94 MPa, com diferença estatística apenas entre o G-C e os demais (Anova; Tukey; p = 0,05). A microscopia eletrônica de varredura evidenciou que todas as fraturas ocorreram na IEL. Concluiu-se que a desmineralização por EDTA não interfere na RT da interface e que tanto a desmineralização como a perfuração parecem resultar em melhor comportamento elástico da interface frente à inserção de implantes. Unitermos – Desmineralização; Transplante ósseo; Osseointegração.

ABSTRACT

Autogenous onlay bone grafts are widely used to reconstruct severely resorbed alveolar processes for oral implant rehabilitation purposes and efforts have been directed to maximize its consolidation to the bone bed and diminish its resorption rate. This study evaluated the effect of EDTA demineralization at the bone bed/bone graft contacting surfaces and its effect on biomechanical properties. Onlay bone grafts were performed on rabbits’ tibia after one of the following treatments: demineralization with 24% EDTA for 3 minutes (G-EDTA); the same treatment of G-EDTA associated to perforations of the recipient bed (G-EDTA-P); perforations of the recipient bed only (G-P), and no treatment at the interface (G-C). After 90 days, bone blocks containing the grafts were retrieved, prepared, and undergone to ultimate tensile strength test (UTS) and Young modulus (E). The UTS mean values were: (G-C) = 2.08 ± 1.2 MPa; (G-EDTA) = 2.03 ± 0.97 MPa; (G-EDTA-P) = 1.97 ± 0.79 MPa, and (G-P) = 1.82 ± 0.80 MPa (p=0.819). The E mean values were: (G-C) = 38.80 ± 22.72 MPa, (G-EDTA-P) = 26.24 ± 14.17 MPa, (G-EDTA) = 25.11 ± 9.89 MPa, and (G-P) = 17.51 ± 7.94 MPa, with statistically significant differences among G-C and the other groups (ANOVA and Tukey´s test; p < 0.05). SEM analysis evidenced that all fractures occurred at the bone bed/graft interface. It was concluded that the EDTA demineralization did not interfere in the UTS but demineralization and perforations produced increased deformation of the interface, suggesting a better elastic behavior for implant therapy purposes.

Key Words – Bone transplantation; Demineralization; Tensile strength test; Biomechanical studies.

Recebido em fev/2012
Aprovado em abr/2012