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Diagnóstico correto para frenectomia

Marco Bianchini destaca que o correto exame clínico e o plano de tratamento são primordiais para a decisão da necessidade ou não, e também sobre o período em que será realizada a frenectomia.

Frenectomia é o nome da cirurgia em que é realizada a redução ou remoção do freio, que pode ser labial, lingual ou ainda uma brida. O termo frenectomia é mais associado ao freio maxilar, embora um freio em qualquer localização possa ser envolvido. A inserção de um freio proeminente está frequentemente associada a uma área de gengiva inserida inadequada, que pode causar uma série de problemas ao paciente.

O correto exame clínico e o plano de tratamento são primordiais para a decisão da necessidade ou não, e também sobre o período em que será realizada a frenectomia. É necessário um exame clínico apurado do freio ou brida em questão para que haja uma certificação de que a remoção é indispensável.

Quando o freio maxilar proeminente está inserido entre os incisivos centrais, a base de inserção deste freio está geralmente dentro de uma pequena área de mucosa. Frequentemente, o freio pode ser observado percorrendo entre os incisivos para se inserir na região da crista alveolar ou na área da papila incisiva. Desta forma, é aconselhável detectar o freio na sua base, antes de se partir para o planejamento e confecção da cirurgia.

Para identificar o envolvimento do freio em alguma anormalidade, é preciso realizar o teste de distensão do lábio e mucosa, que consiste em movimentar delicadamente os lábios e/ou bochecha em diferentes direções e perceber se a inserção do freio interfere na mucosa ceratinizada, na estabilização da margem gengival ou se provoca alguma isquemia da papila quando o freio é tracionado.

Durante o exame clínico, também é importante observar a quantidade e qualidade de mucosa ceratinizada, e a presença de inflamação gengival. A decisão terapêutica de manutenção ou remoção cirúrgica do freio labial passa pela manutenção de uma boa espessura e altura de mucosa ceratinizada, bem como a ausência de inflamação gengival após a remoção do freio. Além disso, uma análise radiográfica também permite fazer uma avaliação do tecido ósseo de suporte dos dentes, observando se já existe perda de suporte periodontal nos dentes adjacentes aos freios.

Assim, observamos que um freio, especialmente o labial, pode ter várias inserções que podem ou não estar atrapalhando em alguma função. A idade do paciente influencia no correto diagnóstico, pois com o passar dos anos os problemas mais aparentes, como o diastema, podem se resolver sozinhos devido ao crescimento do paciente. A melhor fase para a realização do procedimento cirúrgico é após a erupção dos caninos permanentes. As Figuras 1 a 11 ilustram um caso de frenectomia em um paciente jovem tratado pelo Dr. João Gustavo de Souza.

Referências

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