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Zantex: nova opção para infraestruturas protéticas de alta performance para sistemas CAD/CAM

O compósito Zantex foi desenvolvido nos Estados Unidos a partir de tecnologias avançadas utilizadas em aplicações aeroespaciais e materiais bélicos.

Durante o século 20, as ligas metálicas assumiram um papel importante como materiais restauradores, sendo que, entre os exemplos existentes, as ligas de cobalto-cromo (Co-Cr) passaram a ser cada vez mais utilizadas na Odontologia como infraestruturas para próteses fixas ou barras para próteses do tipo protocolo. O sucesso se deve principalmente às suas boas propriedades mecânicas, como rigidez, resistência e resistência à corrosão, o que permite uma elevada biocompatibilidade. Além disso, o custo acessível contribuiu para tornar esta opção muito comum na maioria dos laboratórios brasileiros que trabalham com fluxo analógico de produção ou com usinagem de metal pré-sinterizado.

Porém, desde 2017, a estrutura regulatória da União Europeia para ligas de Co-Cr vem passando por profundas mudanças, limitando ou mesmo proibindo o seu uso clínico-laboratorial através do novo Regulamento de Dispositivos Médicos (MDR 2017/745), que não tardará a chegar por aqui também.

Dentro deste cenário de busca por alternativas viáveis e de alta performance clínica, o compósito Zantex foi desenvolvido nos Estados Unidos a partir de tecnologias avançadas utilizadas em aplicações aeroespaciais e materiais bélicos (Figura 1). É constituído por uma matriz polimérica de alta performance, reforçada com uma densa rede de fibras de vidro dispostas em uma sofisticada malha tridimensional, destinado à confecção de superestruturas protéticas dentais unitárias, parciais ou totais (Figura 2), reunindo propriedades mecânicas ideais para as mais variadas aplicações em reabilitações protéticas.

Seu processo produtivo viabiliza o emprego pleno de fluxo digital CAD/CAM-metal free, garantindo o absoluto controle dimensional de todas as etapas e alguns diferenciais clínicos e laboratoriais importantes, como o fato de não requerer tratamento térmico e ser biocompatível. Outro ponto importante é o menor tempo de fresagem e menor desgaste de fresas, quando comparado a estruturas metálicas como o titânio – isso diminui o tempo total de produção laboratorial e torna o custo mais acessível para o público em geral. Outros pontos que merecem destaque:

• Módulos de resiliência e flexibilidade mais próximos à dentina e ao osso;
• Superioridade de resistência à fadiga, quando comparado ao cromo-cobalto e à zircônia;
• Baixa densidade: quatro vezes mais leve do que o cromo-cobalto e três vezes mais leve do que a zircônia;
• Interface de alto desempenho mecânico para a colagem dos diferentes materiais estéticos (cerâmicos e resinosos).

As propriedades físico-químicas do compósito Zantex permitem uma elevada liberdade no design das mais variadas estruturas protéticas sobre dentes e implantes (Figura 3), inclusive como opção para as barras das próteses totais implantossuportadas do tipo protocolo (Figuras 4 e 5). A evolução dos biomateriais, fluxos digitais e estratégias avançadas de desenho e produção laboratorial tendem a continuar sendo um ponto de atenção, pois a inovação rápida e constante deste segmento tem marcado este novo momento que estamos vivendo em nossa especialidade.