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Tipo de reabilitação protética implantossuportada versus histórico de doença periodontal e higiene oral: estudo transversal com 916 implantes, com pelo menos um ano em função

AUTORES

Haline Renata Dalago
Doutoranda e mestra em Implantodontia – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Guenther Schuldt Filho
Doutorando e mestre em Implantodontia – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Bolsista do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (Capes) – Universidade de Berna (Suíça).

Suzane Maria Markert Jacob
Pós-graduanda em Implantodontia – Universidade Paulista (Unip).

Nilton de Bortoli Jr.
Doutor e mestre em Implantodontia – Universidade de São Paulo (USP).

Marco Aurélio Bianchini
Professor adjunto III do Departamento de Odontologia – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Cesar Augusto Magalhães Benfatti
Professor adjunto do Departamento de Odontologia, doutor e mestre em Implantodontia – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Ricardo de Souza Magini
Doutor em Periodontia – FOB USP.

RESUMO

Objetivo: verificar se existe associação entre o tipo de reabilitação protética implantossuportada (unitária, parcial ou total), a presença de doença periodontal e o perfil do paciente para controle do biofilme. Material e métodos: pacientes tratados com implantes de titânio Implacil (De Bortoli, São Paulo, Brasil), na Fundecto-USP, no período de 1998 a 2012, foram incluídos neste estudo. As características da restauração protética, o histórico de doença periodontal, a dificuldade de higiene relatada pelo paciente e as consultas periódicas de manutenção profissional foram avaliados pelo teste qui-quadrado (nível de significância 5%). Resultados: foram examinados 183 pacientes (69 homens, 114 mulheres; média de 59 anos de idade). Dos 938 implantes colocados, 16 foram perdidos e seis foram sepultados pelo mau posicionamento (taxa de sobrevida: 98,28%). A média de acompanhamento foi de cinco anos (1-15 anos). A amostra final foi constituída de 916 implantes (723 implantes ≤ 3,75 mm de diâmetro; 193 implantes > 3,75 mm de diâmetro) em função por pelo menos um ano, distribuídos entre 413 restaurações (167 próteses unitárias, 202 próteses parciais e 44 próteses totais). Houve diferença estatística positiva para todas as variáveis. O histórico de doença periodontal foi progressivo para pacientes reabilitados com próteses unitárias (10,18%), parciais (17,82%) e totais (25,99%), respectivamente (p < 0,001). Pacientes com restaurações totais relataram maior dificuldade de higiene para desorganização do biofilme (p < 0,001), e realizaram menor número de consultas periódicas para profilaxia profissional em relação aos pacientes reabilitados com próteses unitárias e parciais (p < 0,001). Conclusão: o tipo de reabilitação protética pode estar associado ao maior risco de desenvolvimento das doenças peri-implantares.

Unitermos – Implantes dentários; Biofilmes; Doença periodontal; Indicadores de risco; Estudo transversal.

ABSTRACT

Objectives: to verify whether associations regarding the type of implant-supported rehabilitation (single, partial or total), history of periodontal disease, and patient’s profile on biofilm control are positive. Material and methods: patients treated with titanium implants (Implacil De Bortoli, Sao Paulo, Brazil) installed at Fundecto (University of Sao Paulo, USP), from 1998 to 2012, were included in this study. The type of prosthetic rehabilitation, history of periodontal disease, hygiene difficulty reported by the patient, and the frequency of professional maintenance care were evaluated using the chi-square test (5% significance level). Results: 183 patients (69 men, 114 women; mean age of 59 years-old) were examined. Out of the 936 implants placed, 16 were lost and 6 buried due to mal-positioning. (survival rate: 98.28%). Mean follow-up period was 5 years (1-15 years). The final sample was composed of 916 implants (723 implants ≤ 3.75 mm diameter; 193 implants > 3.75 mm diameter) in function for at least one year, distributed among 413 restorations (167 single-, 202 partial-, and 44 total implant-supported prostheses). The history of periodontal disease was progressive for patients rehabilitated with single (10.18%), partial (17.82%), and total (25.99%) prostheses, respectively (p < 0.001). Also, patients with total implant-supported rehabilitations reported higher hygiene difficulties regarding biofilm removal (p < 0.001) and these had less professional maintenance care when compared with patients rehabilitated with single and partial prostheses (p < 0.001). Conclusion: the type of prosthetic rehabilitation may be associated with an increased risk of peri-implant diseases.

Unitermos – Dental implants; Biofilms; Periodontal disease; Risk indicators; Cross-sectional study.

Recebido em abr/2014
Aprovado em mai/2014