AUTORES
André Antonio Pelegrine
Professor titular da disciplina de Implantodontia – São Leopoldo Mandic; Coordenador do Mestrado em Implantodontia – São Leopoldo Mandic.
Rafael de Mello e Oliveira
Mestrando em Cirurgia Translacional – Unifesp, EPM.
Allan Zimmermann
Doutorando em Cirurgia Translacional – Unifesp, EPM.
Antonio Carlos Aloise
Professor assistente do Mestrado em Implantodontia – São Leopoldo Mandic; Co-orientador do Programa de Pós-graduação em Cirurgia Translacional – Unifesp, EPM.
Lydia Masako Ferreira
Professora titular da disciplina de Cirurgia Plástica – Unifesp, EPM.
RESUMO
Proposição: este estudo analisou a associação de diferentes metodologias de terapia celular a um enxerto ósseo xenógeno (Bio-Oss). Material e Métodos: 33 coelhos Nova Zelândia foram divididos, randomicamente, em cinco grupos experimentais (n=6) e um grupo controle (n=3). Foram criadas situações de defeitos ósseos bilaterais com o auxílio de fresas trefinas com 12 mm de diâmetro preenchidos – no grupo 1 com Bio-Oss; no grupo 2 com Bio-Oss enriquecido com medula óssea fresca; no grupo 3 com Bio-Oss enriquecido com a fração de células mononucleares da medula óssea; no grupo 4 com Bio-Oss enriquecido com células-tronco mesenquimais da medula óssea; e no grupo 5 com Bio-Oss enriquecido com células-tronco mesenquimais do tecido adiposo. Em cada animal, um dos defeitos ósseos foi recoberto com uma membrana colágena e o outro foi mantido sem recobrimento. Após oito semanas, os animais foram sacrificados, sendo seus ossos parietais fixados em formol 10% e processados para análise histomorfométrica. Resultados: no grupo-controle não existiu formação óssea. A histomorfometria demonstrou, para os lados sem recobrimento por membrana nos grupos de 1 a 5, TMV de 6,56 + 1,20%; 12,45 + 11,65%; 21,13 + 0,55; 27,9 + 5,79 e 16,67 + 5,0; respectivamente. O TMV para os lados com recobrimento pela membrana, nos grupos de 1 a 5, foi de 13,06 + 5,24%; 21,14 + 7,38%; 28,17 + 3,19; 28,24 + 6,17 e 17,21 + 7,3; respectivamente. Conclusão: a terapia celular pode maximizar os resultados regenerativos, normalmente propiciados por um biomaterial osseocondutor. O uso do concentrado de células mononucleares da medula óssea pareceu ser a metodologia com maior potencial para uso clínico.
Unitermos – Células-tronco; Regeneração óssea; Medula óssea; Enxertos ósseos.
ABSTRACT
Objective: this study investigated the combination of different cell therapy approaches in combination with a xenograft (Bio-Oss). Material and Methods: 33 New Zealand rabbits were randomly divided into fi ve experimental groups (n=6) and one control group (n=3). Bilateral bone defects were created using 12 mm diameter trefin burs filled – in group 1, with Bio-Oss, in group 2 with Bio-Oss enriched with fresh bone marrow, in group 3 with Bio-Oss enriched with bone marrow mononuclear fraction, in group 4 with Bio-Oss enriched with bone marrow stem cells and, in group 5, with Bio-Oss enriched with adipose tissue stem cells. In each animal, one bone defect was covered by a collagen membrane and the other defect was not covered. After eight weeks, the animals were sacrificed and their parietal bone fixed in 10% formalin and processed for histomorphometric analysis. Results: in control group bone formation did not occur. Histomorphometry demonstrated, for the sides not covered by the collagen membrane, in groups 1, 2, 3, 4 and 5, a VMT of 6.56 + 1.20%; 12.45 + 11.65%; 21.13 + 0.55; 27.9 + 5.79 and 16.67 + 5.0, respectively. The sides covered by the collagen membrane demonstrated, in groups 1, 2, 3, 4 and 5, a VMT of 13.06 + 5.24%; 21.14 + 7.38%; 28.17 + 3.19; 28.24 + 6.17 and 17.21 + 7.3, respectively. Conclusion: cell therapy can maximize the regenerative results normally obtained by an osseoconductor biomaterial. The use of bone marrow mononuclear fraction concentration seems to be the methodology with higher potential for clinical use.
Key words – Stem cells; Bone regeneration; Bone marrow; Bone grafts.
Recebido em out/2013
Aprovado em out/2013