Ivete Sartori e Elisa Sartori trazem caso clínico com grave falta de espaço interoclusal, resultando em osteotomia e levantamento de membrana sinusal.
O exame clínico é soberano antes de qualquer procedimento odontológico. Na Implantodontia não é diferente, sendo necessário muito cuidado para que o planejamento não seja apenas baseado em exames de radiografias e tomografias.
A análise clínica, incluindo a avaliação do paciente ocluindo, é de extrema importância e pode evitar que erros aconteçam, como a constatação de falta de espaço para a confecção das coroas apenas no momento da confecção das próteses, com os implantes já osseointegrados, por exemplo.
Observe nesse caso clínico que a imagem tomográfica poderia levar à indicação de levantamento da membrana do seio e instalação dos implantes (Figura 1). No entanto, ao realizar o exame clínico com o paciente em oclusão, observou-se a grave falta de espaço interoclusal (Figura 2) devido ao grande volume da região (Figura 3).
Assim sendo, foi planejada a osteotomia juntamente com o levantamento da membrana sinusal e a remoção do tecido mole em cunha interna (Figuras 4 a 9).
Após a cirurgia e realização das suturas, já foi possível perceber o ganho de espaço (Figuras 10 e 11). Este fato pode ser confirmado na observação das próteses implantossuportadas instaladas (Figura 12) e radiografias (Figuras 13 e 14).
Ivete Sartori
Mestra e doutora em Reabilitação Oral – Forp/USP; Professora dos cursos de especialização em Implantodontia – Fundecto/USP, dos cursos de mestrado e doutorado da Faculdade Ilapeo, dos cursos de aperfeiçoamento em Implantodontia da APCD (Bauru) e da Clínica Mollaris, em Portugal.
Orcid: 0000-0003-3928-9430.
Autora convidada:
Elisa Mattias Sartori
Especialista em CTBMF – Universidade do Sagrado Coração; Mestra e doutora em CTBMF – Unesp Araçatuba; Doutorado sanduíche e pós-doutorado – Universidade de Michigan (EUA); Professora em cursos de especialização, mestrado e doutorado – Faculdade Ilapeo.
Orcid: 0000-0002-3423-3617.