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Critérios para a boa performance clínica em casos de união entre dente e implante

AUTORES

Joanna Bortolotto de David
Cirurgiã-dentista – Uniderp; Mestranda em Odontologia – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Túlio Marcos Kalife Coelho
Professor adjunto do Departamento de Prótese e Odontologia Restauradora – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Elizeu Insaurralde
Professores associados do Departamento de Prótese e Odontologia Restauradora – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Anísio Lima da Silva
Professores associados do Departamento de Prótese e Odontologia Restauradora – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Carmen Regina Coldebella
Professora adjunta do Departamento de Prótese e Odontologia Restauradora – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

RESUMO

Apesar das altas taxas de sucesso com implantes osseointegráveis, situações anatômicas e clínicas específicas de cada paciente podem limitar o uso de um número adequado de implantes. Nestes casos, alternativas como a união entre dente suporte e implante vêm sendo discutidas há algum tempo, mas algumas controvérsias ainda permanecem, sendo a diferença de resiliência do ligamento periodontal e a rigidez da interface osso-implante as maiores delas. Esta revisão da literatura teve como objetivo analisar quais os critérios biomecânicos exigidos para esta modalidade de tratamento, as diferentes conexões propostas, suas vantagens e complicações a médio e longo prazo. Com base nos resultados de estudos anteriores, considera-se preferível – sempre que possível – a não união de dentes a implantes. Porém, em casos específicos onde o uso de cantiléver e próteses parciais removíveis sejam inevitáveis, as vantagens da junção devem ser consideradas com parcimônia. Até o presente momento, entende-se que o número de retentores esplintados não interfere na estabilidade da junção. O que parece ter interferência positiva é a escolha de implantes hexágono externo, ajuste oclusal específico (protegendo o implante de forças horizontais e verticais excessivas), prótese com união rígida e de característica reversível; nestes casos, as taxas de insucesso são muito próximas aos casos reabilitados em próteses fixas sem configuração mista. Concluiu-se que, depois de ponderadas as vantagens e desvantagens para cada caso, não se pode contraindicar tal técnica, pois ela demonstra ser uma alternativa reabilitadora estável, confortável e estética.

Unitermos – Restaurações dente-implante; Biomecânica; Ligamento periodontal.

ABSTRACT

Despite its high success rates, patient´s specific anatomic and clinical situations may limit the use of an adequate number of implants. For these cases, alternatives such as toothimplant restorations have been discussed for some time, but controversies still remain, being the difference between the resilience of periodontal ligament and bone-implant interface one of them. this literature review analyzed the biomechanical criteria for this treatment modality, different connections, as well as short- and middle-term complications for tooth-implant restorations. According to the available evidence, it is recommended not to join teeth to implants. However, for some cases where cantilever and removable partial prostheses seems mandatory, tooth-to implant possibilities must be considered. In the light of current evidence, the number of splinted units does not interfere with the overall biomechanics. Factors such as the use of external hex implants, careful occlusal adjustment (to protect against horizontal and excessive vertical forces), rigid and reversible splinting were considered positive; failure rates are close to cases with fixed partial prostheses solely on teeth or implants. It can be concluded that this technique cannot be contraindicated because it constitutes a viable, comfortable, and esthetic alternative.

Key Words – Tooth-to-implant restorations; Biomechanics; Periodontal ligament.

Recebido em set/2013
Aprovado em out/2013