AUTORES
Oded Bahat
Consultório particular – Beverly Hills, Califórnia, EUA.
Richard M. Sullivan
Vice-presidente – Tecnologias Clínicas, Nobel Biocare, Yorba Linda, Califórnia, EUA.
Ami Smidt
Chefe – Centro de Estudos de Graduação em Prótese, Departamento de Prótese, Faculdade de Medicina Dentária, Universidade Hebréia Hadassah, Jerusalém, Israel.
RESUMO
Objetivo: sítios onde osso é reduzido em altura ou qualidade criam desafios na reconstrução estética e no suporte para carregamento, gerando maior risco de falha. O sistema Mk IV com superfície TiUnite foi especialmente desenhado para colocação em osso macio. Este artigo descreve os resultados pós-carregamento de 103 implantes Mk IV, com ênfase na preservação óssea em sítios ósseos comprometidos durante remodelamento precoce, estabilidade e conexão do pilar, após três e sete anos de colocação dos implantes. Material e Métodos: uma série de 103 implantes Mk IV (4 mm de diâmetro, 10 mm de comprimento) foi colocada na maxila de 25 mulheres e 14 homens; 23 pacientes também receberam enxertos ósseos em etapas e dois passaram pelo aumento do alvéolo e enxertos. Áreas com infecções prévias foram preparadas mecanicamente e quimicamente. Para garantir estabilidade inicial primária, o tamanho da osteotomia e o número de entradas foi minimizado. Após um protocolo de carregamento tardio, todos os pacientes receberam próteses parciais fixas. Para análise da estabilidade óssea, os níveis ósseos marginais nos aspectos mesiais e distais foram mensurados com sete vezes de aumento por um radiologista envolvido no tratamento. Resultados: três implantes foram perdidos, um implante nunca foi carregado embora tivesse osseointegrado, 14 implantes não estavam disponíveis para acompanhamento após a conexão do pilar e cinco possuíam qualidade radiográfica inadequada. A perda óssea marginal entre a inserção do implante e o carregamento foi 1,21 ± 0,86 mm (n = 80). As diferenças nos níveis de remodelamento ósseo em sítios enxertados e não enxertados não foi significativa. Os dados foram relatados em 103 implantes em 39 pacientes consecutivos até a conexão do pilar, com acompanhamento radiográfico entre três e sete anos pós-colocação para 27 pacientes. Conclusão: é crítico garantir uma orientação tridimensional adequada e minimizar a preparação do sítio, especialmente quando implantes são colocados em osso comprometido. Com o osso tendo densidade pré-operatória pobre e usando-se uma técnica de preparação personalizada, excelentes resultados de sobrevivência do implante em curto prazo e estabilidade longitudinal são demonstrados. O acompanhamento futuro vai determinar se o implante Mk IV é o desenho adequado para osso comprometido, incluindo a estabilidade associada para o tecido mole.
Unitermos – Aumento ósseo; Perda óssea; Comprometimento; Implantes dentários; Estudos de acompanhamento; Superfície.
Originalmente publicado em: Quintessence Int 2012;43(4):293-303.