AUTORES
Luis Gustavo Lima Lara
Especialista em Prótese Dentária – UFMG; Mestre em Odontologia, área de concentração em Clínicas Odontológicas com ênfase em Prótese Dentária – PUC/MG.
Paulo Isaias Seraidarian
Professor pós-graduação – PUC/MG; Doutor em Odontologia Restauradora – Unesp.
Wellington Correa Jansen
Professor pós-graduação – PUC/MG; Doutor em Materiais Dentários – USP, São Paulo.
Marcos Daniel Septimio Lanza
Mestre em Odontologia, área de concentração em Clínicas Odontológicas com ênfase em Prótese Dentária – PUC/MG; Doutor em Reabilitação Oral – FOB-USP.
Antonio Carlos Vieira
Mestre em Engenharia de Estruturas – UFMG.
Marcos Dias Lanza
Professor pós-graduação – UFMG; Doutor em Reabilitação Oral – FOB-USP.
RESUMO
Em algumas situações clínicas em que pacientes parcialmente edêntulos apresentam a indicação para prótese fixa de cinco elementos dentoimplantossuportada, o implante pode se tornar algumas vezes o pilar intermediário dessa prótese. Esse tipo de prótese deve ser feito com cautela, tendo em vista possíveis complicações biomecânicas, pelas diferenças de mobilidade entre dente e implante e pela diferença na absorção e na distribuição das cargas funcionais. O objetivo desse trabalho foi analisar, por meio do método dos elementos finitos (MEF), as tensões geradas em uma prótese fixa dentoimplantossuportada de cinco elementos, modelada pelo programa computacional Ansys Revisão 5.7, sendo composta por dois dentes como pilares terminais, dois pônticos e um implante como pilar intermediário unidos de forma rígida. Foi aplicada uma carga vertical com valor nominal de 100 Newtons (N), distribuída uniformemente nas superfícies oclusais dos dentes posteriores. Pôde-se observar em uma análise qualitativa que o maior deslocamento da prótese no sentido oclusogengival foi na região dos pônticos, com valor máximo de deslocamento de 6,4 micrometros (µm). A tensão equivalente de Von Mises SEQV foi de 77,4 Megapascal (MPa) notando uma distribuição de tensões semelhante por toda infraestrutura metálica, na região entre as coroas protéticas. Concluiu-se que a infraestrutura metálica rígida exerce papel fundamental na distribuição e absorção das tensões e no deslocamento do conjunto protético e o implante intermediário não atua como fulcro de uma alavanca Classe I.
Unitermos – Pilar intermediário; Implante dentário; Prótese parcial fixa; Dente natural.
ABSTRACT
In some clinical situations, partially edentulous patients can have indication for a fi ve-element implant-supported prosthesis, with one of those implants being the pier abutment. This type of prosthesis should be constructed with caution, because of possible biomechanical uncertainties, due to different displacement behaviors and the distribution of the functional loads involved in the process. The aim of this work was to analyze by Finite Element Method (FEM) the global behavior of stresses and displacements involved in a tooth-implant-supported fi xed prosthesis with fi ve elements, having two teeth as terminal abutments, two bridges and an implant working as an intermediate abutment. The Ansys 5.7 program has been used as a computational tool. A nominal vertical load of 100 N has been applied, uniformly distributed, on the occlusive surfaces in the posterior teeth. It is possible to conclude, in a qualitative analysis, that the prosthesis showed a higher displacement in the occlusion-gingival direction of the bridges, with a value around 6,4 µm. The equivalent Von Misses stresses (SEQV) showed a maximum value of 77,4 MPa in the metallic bar among the prosthetic crowns. It can be concluded that the infra-structure has an important function in the distribution and absorption of stresses and displacements of the whole prosthetic set and the implant did not work as pier abutment.
Key Words – Pier abutment; Dental implants; Fixed partial prosthesis; Natural teeth.
Recebido em set/2012
Aprovado em out/2012