AUTORES

Cristiane Ibanhes Polo
Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, Fousp, São Paulo/SP; Mestre em Implantodontia – Universidade de Santo Amaro, Unisa, São Paulo/SP.

Júlio Leonardo Oliveira Lima
Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, Fousp, São Paulo/SP; Mestre em Implantodontia – Universidade de Santo Amaro, Unisa, São Paulo/SP.

Maria da Graça Naclério-Homem
Livre-docente em Odontologia e doutora em Diagnóstico Bucal – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, Fousp, São Paulo/SP; Professora associada do Departamento de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, Fousp, São Paulo/SP.

Maria Cristina Zindel Deboni
Doutora em Patologia Oral e professora associada do Departamento de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, Fousp, São Paulo/SP.

Maria Angelica Castro Pimentel
Doutora em Implantodontia – Universidade de São Leopoldo Mandic, Campinas/SP; Mestre em Implantodontia – Universidade de Santo Amaro, Unisa, São Paulo/SP.

Daniel Isaac Sendyk
Mestrando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, Fousp, São Paulo/SP.

Wilson Roberto Sendyk
Livre-docente em Odontologia – Unicamp; Doutor e mestre em Periodontia – Fousp; Professor titular da disciplina de Implantodontia – Universidade de Santo Amaro, Unisa; Coordenador dos Cursos de Especialização em Implantodontia e Mestrado em Odontologia – Universidade de Santo Amaro, Unisa.

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar a formação óssea vertical aposicional obtida com a associação da proteína morfogenética óssea recombinante humana 2 (rhBMP-2) com os materiais beta fosfato tricálcico (CE), fosfato de cálcio bifásico (BC) e osso mineral bovino (BO) em um modelo de regeneração óssea guiada (ROG) em calvária de coelhos; 22 coelhos albinos da raça Nova Zelândia receberam quatro cilindros de titânio fixados na calvária. No grupo 1 (n = 10), os cilindros foram aleatoriamente preenchidos com um dos referidos materiais e coágulo sanguíneo (CO). No grupo 2 (n = 12), foi repetida a mesma distribuição aleatória dos materiais e coágulo, acrescidos da rhBMP-2. Corantes ósseos foram aplicados durante 13 semanas, e a eutanásia foi realizada na 14a semana nos dois grupos. Os resultados clínicos mostraram que o volume ósseo e a sua área média no grupo 2 (com rhBMP-2) foram maiores do que no grupo 1 (sem rhBMP-2), independente dos materiais utilizados (p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significante entre os volumes médios de BC e BO (p = 0,625), BC e CE (p = 0,876), BO e CE (p = 0,968). O volume médio do CO foi menor do que todos os materiais (p < 0,001) nos dois grupos. Não houve diferença significativa entre as médias das áreas em BC e BO (p = 0,965), BC e CE (p = 0,866), BO e CE (p = 0,990), BC e CO (p = 0,190), BO e CO (p = 0,060). A área média do CO foi menor em CE (p = 0,028). O estudo histológico revelou quantidades significativas de tecido ósseo neoformado nos dois grupos. No entanto, no grupo com rhBMP-2, foi observado osso mais maduro e lamelar, e com maior taxa de biodegradação em todos os materiais. A análise de fluorescência mostrou que a adição de rhBMP-2 é mais significativa na porção superior do cilindro e que a formação óssea é tempo-dependente. Pôde-se concluir que a utilização da rhBMP-2 associada a qualquer um dos biomateriais gerou maior formação óssea neste modelo de regeneração óssea guiada (ROG) em coelhos.

Unitermos – Regeneração óssea; Fosfatos de cálcio; Proteína morfogenética óssea 2; Substitutos ósseos; Materiais biocompatíveis.

ABSTRACT

The aim of this study was to evaluate the appositional vertical bone formation obtained with the association of recombinant human bone morphogenetic protein 2 (rhBMP-2) with the materials Beta Tricalcium Phosphate (CE), Biphasic Calcium Phosphate (BC), and Mineral Bovine Bone (BO) in a guided bone regeneration model (GBR) in rabbit calvaria. Twenty-two New Zealand white rabbits received four titanium cylinders fixed in the calvaria. In group 1 (n = 10), each cylinder was randomly filled with one of these materials and one with a blood clot (CO). In group 2 (n = 12) cylinders were randomly assigned the same materials and blood clot with the addition of rhBMP-2. Bone labels were injected during 13 weeks, and the euthanasia was performed in the 14th week in both groups. The results showed that the average volume and area in group 2 (with rhBMP-2) was higher than that in group 1 (without rhBMP-2), regardless the materials used (p < 0.001). There was no statistically significant difference between the average volumes of BO and BC (p = 0.625), BC and CE (p = 0.876) and BO and CE (p = 0.968). The average volume of CO was lower than all materials (P < 0.001) in both groups. There was no statistically significant difference between the average areas of BC and BO (p = 0,965), BC and CE (p = 0,866), BO and CE (p = 0,990), BC and CO (p = 0,190) and BO and CO (p = 0,060). The average area of CO was lower than CE (p = 0,028). The histological study revealed significant amounts of newly formed bone in both groups. Nevertheless, in the group with rhBMP-2 a more mature and lamellar bone with a greater level of biodegradation in all materials was observed. The fluorescence analysis showed that the addition of rhBMP-2 is more significant in the upper portion of the cylinder and that bone formation is time-dependent. It could conclude that the use of rhBMP-2 combined with any of the biomaterials used in this study generated a higher amount of bone formation in this model of guided bone regeneration (GBR) in rabbits.

Key Words – Bone regeneration; Calcium phosphates; Bone morphogenetic protein 2; Bone substitutes; Biocompatible materials.

Recebido em jun/2013
Aprovado em jun/2013