Diego Klee mostra as maneiras diferentes em que um perfil de emergência pode ser obtido de forma apropriada.

A osseointegração de implantes dentários é altamente previsível, com elevadas taxas de sobrevivência. A restauração protética esteticamente agradável de um implante requer o seu correto posicionamento, bem como a criação de um adequado perfil de emergência da mucosa peri-implantar. O perfil de emergência é a transição entre o implante e a prótese. Quando corretamente explorado, proporciona uma suave transição da plataforma circular do implante para a anatomia natural do dente, devendo ser personalizado para cada restauração.

Os fatores clínicos mais importantes a serem levados em consideração são a correta seleção e posicionamento tridimensional do implante, assim como a seleção exata da conexão protética. Além disso, a espessura adequada da mucosa associada à correta anatomia da coroa permitirá a arquitetura tecidual desejada.

Um perfil de emergência apropriado pode ser obtido de duas maneiras: com a manutenção do perfil original do dente natural, seja com uma restauração temporária imediata ou com um cicatrizador personalizado; ou criando um perfil de emergência do zero, com restaurações temporárias instaladas após a reabertura do implante.

Em situações em que os implantes são sepultados, após sua cirurgia de reabertura, restaurações provisórias são fabricadas com perfil muitas vezes desenhado arbitrariamente no laboratório dentário.

Antes da colocação, os tecidos adjacentes ao implante são anestesiados, permitindo assentar a restauração provisória. A mucosa peri-implantar é deslocada, criando uma isquemia tecidual transitória e, em alguns dias, os provisórios modelam os tecidos circundantes e o perfil de emergência é restabelecido.

A criação/manutenção de um perfil de emergência anatomicamente correto é um dos aspectos mais importantes para fornecer resultados estéticos e funcionais agradáveis às próteses implantossuportadas, tanto no setor anterior quanto no setor posterior. Infelizmente, próteses temporárias no setor posterior, decisivas para a modelação tecidual e adequação do perfil de emergência, muitas vezes são desprezadas pelos implantodontistas por causa de sua curta existência. Os resultados negativos desta equivocada opção comprometem o sucesso do caso e importunam os pacientes.