You are currently viewing Tratando a região posterior da mandíbula atrófica sem enxertos e com implantes convencionais

Tratando a região posterior da mandíbula atrófica sem enxertos e com implantes convencionais

De acordo com Guaracilei Vidigal Jr, a técnica da cirurgia guiada é indicada para evitar acidentes que possam lesar o nervo alveolar inferior ou fenestrar as tábuas ósseas.

A instalação de implantes na região posterior da mandíbula atrófica sempre foi um desafio para o implantodontista. A atrofia pode ser horizontal ou vertical, sendo esta última a de tratamento mais difícil. Algumas opções criadas para suplantar esta limitação foram a lateralização do nervo alveolar inferior, a cirurgia de regeneração óssea guiada (ROG) para aumento vertical e/ou horizontal de rebordo, e o uso de implantes extracurtos, sendo que todas estas opções apresentam limitações.

A lateralização do nervo alveolar inferior para a instalação de implantes apresenta uma porcentagem de 58,9% de sequela neurológica após a cirurgia1. A ROG para aumento de rebordo apresenta como principal intercorrência a exposição precoce da membrana, causando a perda do material de enxerto que, segundo uma revisão sistemática, pode variar de 0% a 40,5%2. E existem rebordos que não apresentam nem dimensão óssea vertical suficiente para a instalação dos implantes extracurtos, como o demonstrado nesta coluna.

Autores3 realizaram um estudo avaliando a possibilidade de instalação de implantes lateralmente ao canal mandibular (CM) em mandíbulas atróficas. Considerando o trajeto oblíquo do CM, com o nervo alveolar inferior entrando pela lingual da mandíbula e emergindo pela vestibular, avaliou-se em milímetros o espaço vestibular ao CM nas regiões dos dentes 36/46 e 37/47, e o espaço lingual nas regiões dos dentes 34/44 e 35/45. O resultado deste estudo mostrou que 28% dos sítios da região posterior da mandíbula apresentam espessura óssea suficiente entre a cortical do canal mandibular e as corticais vestibular e lingual da mandíbula para instalação de um implante com diâmetro regular (3,75 mm), e ainda manterem 1 mm de osso pela vestibular e pela lingual.

Para instalação destes implantes em áreas com limitação extrema das dimensões ósseas, a utilização da técnica da cirurgia guiada é indicada para evitar acidentes que possam lesar o nervo alveolar inferior e/ou fenestrar as tábuas ósseas vestibular e/ou lingual.

Referências

  1. Vetromilla BM, Moura LB, Sonego CL, Torriani MA, Chagas Jr. OL. Complications associated with inferior alveolar nerve repositioning for dental implant placement: a systematic review. Int J Oral Maxillofac Surg 2014;43(11):1360-6.
  2. Sanz-Sanches I, Ortiz-Vigón A, Sanz-Martín I, Figuero E, Sanz M. Effectiveness of lateral bone augmentation on the alveolar crest dimension: a systematic review and meta-analysis. J Dent Res 2015;949(suppl.):128S-42S.
  3. Daróz SR, Cardoso ES, Manso MC, Vidigal Jr. GM. Evaluation of the bone width lateral to the mandibular canal an alternative approach for implant installation. Implant Dent 2013;22(1):97-101.